sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Quando tudo começou

Como já disse anteriormente, o Simba sempre foi um cachorro muito saudável e forte, ficava em pé com facilidade, corria muito, brincava de pular em cima:


Ele estava com 9 meses e no dia 02 de agosto deste ano, um sábado, resolvemos levá-lo até o Parque Central de Santo André, lá ele brincou com muitos outros cachorros, correu bastante e entrou na água do lago (ele nunca havia entrado em lago, piscina e afins), mas não chegou a nadar, parece que ele estava com um pouco de medo. Chegamos em casa à tarde e percebemos que ele mancava um pouco, mas não era muito aparente, foi até difícil perceber se era só impressão. No domingo ele estava andando normalmente, corria e pulava como antes. 
Na segunda feira de manhã, dia 04, ele começou a passar mal, vomitar, não conseguia comer nada, parecia estar bem enjoado. Levamos no veterinário e ele disse que podia ser um simples enjoo ou um corpo estranho.
Um fato que esqueci de mencionar é que o Simba, assim como todos os outros cães de sua raça sempre foi muito levado e saía comendo tudo o que via pela frente, desde chinelo, pano, parede, madeira, prendedor de roupa até plásticos duros, cabelo e mato. Tivemos que adaptar nossa casa, não deixar mais nada ao alcance dele, mas por incrível que pareça, ele conseguia achar o que comer. Sempre tentávamos ensinar que aquilo era errado, mas pelo o que as pessoas diziam isso era típico de filhote mesmo e ele melhoraria a partir de um ano.
Voltando à história, o veterinário passou um remédio bem forte pra caso fosse algum enjoo somente e disse que se não melhorasse seria necessário fazermos uma ultrassom. E foi o que ocorreu, ele não melhorou e tivemos que fazer uma ultrassom na terça feira (dia 05) às pressas, foi confirmado o corpo estranho e no mesmo dia ele foi pra mesa de cirurgia abrir o estômago e o intestino para tirar o que estava obstruindo a passagem de alimento. A cirurgia foi bem sucedida e no mesmo dia ele pode vir para casa, mesmo ainda estando sedado. Tiraram de sua barriga pedaços de pano, plásticos duros, cabelo, mato (provavelmente pedaço de folha de palmeira). 
Ele estava se recuperando bem, conseguindo se levantar e andar. Porém, no dia 16 de agosto, ao chegar em casa à noite percebemos que o corte da cirurgia estava sangrando e entramos em pânico (todos pensamentos ruins se passaram por minha cabeça de novo, achei mais uma vez que ia perde-lo).  Fomos até um veterinário 24h aqui de São Bernardo e o veterinário informou que era só uma inflamação dos pontos, disse que tinha pus e drenou a parte inflamada, deu uma injeção anti inflamatória e nos receitou um remédio.
O corte da cirurgia começou a melhorar e secar, logo ele já estava cicatrizado, mas com o tempo o Simba começou a apresentar outro problema, ele não conseguia mais se levantar e andar, caia facilmente, ficava só deitado e bem desanimado e nós estávamos assustados com isso. Levamos novamente no veterinário que o acompanhava e ele pediu um raio-x da coluna e da parte das patas traseiras. Descartamos displasia e síndrome da cauda equina, apesar de observar-se uma "discreta diminuição do espaço intervertebral entre L5-6 (vértebra) e menos evidente entre L6-7" de acordo com o exame. Foi receitado um remédio e mesmo assim o Simba não apresentou melhora. Colhemos urina, fezes e sangue para vermos se não era nenhuma doença viral, o veterinário chegou a suspeitar de cinomose (sim, a temida cinomose). Os resultados chegaram e deram negativos.
Fomos informados que poderia ser alguma doença neurológica e que deveríamos procurar um veterinário especialista da parte neurológica em São Paulo (no Alto da Lapa) e assim fizemos.
Entre estas indas e vindas ao veterinário o Simba apresentava altos e baixos, ora melhorava, ora piorava, quando achávamos que tudo ocorreria bem, ele piorava.
O veterinário de SP ao vê-lo suspeitou de alguma inflamação na coluna ou até mesmo da síndrome da cauda equina e passou mais um remédio. O Simba começou a melhorar na primeira semana, respondendo muito bem ao remédio, mas na segunda semana passou a piorar. Voltamos lá e nos foi solicitada um ressonância magnética.
Fizemos a ressonância essa semana, dia 23 de setembro, mas ainda não recebemos o laudo. O veterinário neurologista teve acesso ao CD com as imagens da ressonância e descartou a síndrome da cauda equina, mas disse que pode ser que seja sim a cinomose e que o vírus já esteja na parte neurológica (última fase da cinomose) do Simba, por isso que no exame teria dado negativo, pois ele só pega o vírus em sua primeira fase.
O Simba está tomando uma dose maior do remédio que foi receitado, mas nem assim notamos melhora.
Ele está agora com 11 meses, está bem abatido, não consegue se levantar, não tem mais controle do xixi e do cocô, só fica deitado e não pode mais ficar sozinho. Notamos também uma relação entre os olhos dele e sua piora, quando sua terceira pálpebra (sim, os cachorros têm uma terceira pálpebra) sobe, tampando grande parte do olho, é quando ele está pior e não consegue se mover.



Estamos esperando o laudo da ressonância e temos tentado ter fé de que ele vai se recuperar e sair bem dessa. Não tem sido fácil esses últimos dois meses, mas sabemos que ele é forte e que está lutando.

*Cinomose = É uma doença viral contagiosa, que possui fases. Pode levar à morte, não tem cura (segundo algumas pessoas, tem cura sim), mas pode ter seus sintomas amenizados dependendo do tratamento.

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